A revista “Vida Soviética”, ainda hoje guardada em cuidadas encadernações por militantes comunistas, era um instrumento de propaganda da ex-URSS. [Outra revista, esta ideológica, de propagação da “linha justa” do comunismo, era a “Revista Internacional – Problemas da Paz e do Socialismo”].
A edição de Novembro de 1976 da revista, dois anos depois da revolução de Abril de 1974, um ano depois da “contra-revolução de Novembro de 1975 (como ainda hoje é designado o 25 de Novembro no “jargão” comunista por muitos militantes do PCP...), dedica uma página (p. 37) a Portugal.
Na rua Gorki, em Moscovo, havia, nesse ano, no Museu da Revolução da URSS, uma ala dedicada à revolução portuguesa,
O primeiro “material” exposto – outra expressão muito ao gosto da “nomenklatura” comunista – era uma fotografia datada de 1927, de “soldados revolucionários num teatro do Porto”. “Sede do estado-maior dos insurrectos que se ergueram contra a ditadura militar” que viria a ter Salazar como “chefe”.
Objecto que ”sempre atraía a atenção dos visitantes” era “um alto-relevo representando o labor dos trabalhadores da cortiça, feito por presos políticos e oferecido pelo PCP ao CC [Comité Central] no 50º aniversário da Grande Revolução de Outubro”, descrevia o articulista G. Schwarz-Pedraudze.
A frase mais entusiasmada vem logo a seguir: “A notícia de que a Revolução de 25 de Abril de 1974 triunfara foi acolhida com júbilo pelos soviéticos, bem como pelos trabalhadores, democratas e antifascistas de todo o mundo.”
Embora o “Pravda” só tenha dado a notícia da revolução do 25 de Abril passadas quase duas semanas sobre o golpe...
Na última página, na contracapa da edição portuguesa da Vida Soviética, que custava dez escudos, estava uma colorida foto com duas jovens a olhar um cartaz do filme “Viva Portugal”.
Umas páginas antes (p. 13 e 14), uma foto mostra trabalhadoras, tecelãs de Kostromá, a sorrir: simbolizam, lê-se na legenda, “os bons resultados obtidos” pelo “Partido e Governo soviéticos” na “melhoria constante das condições de trabalho dos operários, sobretudo dos jovens”.
Eram tempos “gloriosos” da Guerra Fria, entre EUA e URSS, de má memória...
A edição de Novembro de 1976 da revista, dois anos depois da revolução de Abril de 1974, um ano depois da “contra-revolução de Novembro de 1975 (como ainda hoje é designado o 25 de Novembro no “jargão” comunista por muitos militantes do PCP...), dedica uma página (p. 37) a Portugal.
Na rua Gorki, em Moscovo, havia, nesse ano, no Museu da Revolução da URSS, uma ala dedicada à revolução portuguesa,
O primeiro “material” exposto – outra expressão muito ao gosto da “nomenklatura” comunista – era uma fotografia datada de 1927, de “soldados revolucionários num teatro do Porto”. “Sede do estado-maior dos insurrectos que se ergueram contra a ditadura militar” que viria a ter Salazar como “chefe”.
Objecto que ”sempre atraía a atenção dos visitantes” era “um alto-relevo representando o labor dos trabalhadores da cortiça, feito por presos políticos e oferecido pelo PCP ao CC [Comité Central] no 50º aniversário da Grande Revolução de Outubro”, descrevia o articulista G. Schwarz-Pedraudze.
A frase mais entusiasmada vem logo a seguir: “A notícia de que a Revolução de 25 de Abril de 1974 triunfara foi acolhida com júbilo pelos soviéticos, bem como pelos trabalhadores, democratas e antifascistas de todo o mundo.”
Embora o “Pravda” só tenha dado a notícia da revolução do 25 de Abril passadas quase duas semanas sobre o golpe...
Na última página, na contracapa da edição portuguesa da Vida Soviética, que custava dez escudos, estava uma colorida foto com duas jovens a olhar um cartaz do filme “Viva Portugal”.
Umas páginas antes (p. 13 e 14), uma foto mostra trabalhadoras, tecelãs de Kostromá, a sorrir: simbolizam, lê-se na legenda, “os bons resultados obtidos” pelo “Partido e Governo soviéticos” na “melhoria constante das condições de trabalho dos operários, sobretudo dos jovens”.
Eram tempos “gloriosos” da Guerra Fria, entre EUA e URSS, de má memória...
1 comment:
O Comunismo está morto, e felizmente não é como Jesus Cristo que ressuscitou. Viva o Cónego Mello que teve a coragem para liderar o movimento anti-esquerdista no norte.
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