É uma frase estupenda, esta a da historiadora Irene Pimentel, retirada de uma peça do Público: "O esquecimento faz parte do próprio trabalho da memória"
Irene Pimentel dedica Prémio Pessoa aos que lutam pela preservação de lugares de memória
Irene Pimentel, investigadora de História Contemporânea e que ontem recebeu o Prémio Pessoa 2007, entende que existem "nos mais velhos um excesso de memória, visível na obsessão com que alguns temas recalcados tomam uma dimensão considerável" e, "nos mais jovens, uma míngua de memória, inevitável com o surgimento de gerações totalmente estranhas à vivência da ditadura". "No entanto - continuou -, contra a sensação de que a memória desse período não chega aos jovens, tem de se dizer que o esquecimento faz parte do próprio trabalho da memória".
A historiadora referia-se especificamente à memória sobre o período do Estado Novo, um dos temas centrais do seu trabalho e do discurso que proferiu ontem, ao princípio da noite, na cerimónia de entrega do prémio, realizada no Museu Militar, em Lisboa, e presidida pelo Presidente da República.
Autora do primeiro estudo completo sobre a polícia política (História da PIDE, edição da Temas e Debates), Irene Pimentel, de 58 anos, reforçou a ideia de que contra a insuficiência ou o excesso de memória deve "erguer-se o trabalho da História", enquanto conhecimento que permite ao investigador "libertar-se do passado, através de duplo trabalho de recordação e de luto".
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Irene Pimentel dedica Prémio Pessoa aos que lutam pela preservação de lugares de memória
Irene Pimentel, investigadora de História Contemporânea e que ontem recebeu o Prémio Pessoa 2007, entende que existem "nos mais velhos um excesso de memória, visível na obsessão com que alguns temas recalcados tomam uma dimensão considerável" e, "nos mais jovens, uma míngua de memória, inevitável com o surgimento de gerações totalmente estranhas à vivência da ditadura". "No entanto - continuou -, contra a sensação de que a memória desse período não chega aos jovens, tem de se dizer que o esquecimento faz parte do próprio trabalho da memória".
A historiadora referia-se especificamente à memória sobre o período do Estado Novo, um dos temas centrais do seu trabalho e do discurso que proferiu ontem, ao princípio da noite, na cerimónia de entrega do prémio, realizada no Museu Militar, em Lisboa, e presidida pelo Presidente da República.
Autora do primeiro estudo completo sobre a polícia política (História da PIDE, edição da Temas e Debates), Irene Pimentel, de 58 anos, reforçou a ideia de que contra a insuficiência ou o excesso de memória deve "erguer-se o trabalho da História", enquanto conhecimento que permite ao investigador "libertar-se do passado, através de duplo trabalho de recordação e de luto".
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